3 de out. de 2011

DORMINDO COM OS AMIGOS




para dividir a cama com o pet


Segundo pesquisa, mais da metade dos cães de estimação dormem dentro de casa no Brasil

O dilema de dividir ou não a cama com o bichinho de estimação atormenta muitos donos de pet.
Apesar de serem, em sua maioria, fofinhos ao extremo,
 é preciso cautela antes de permitir que o animal durma na mesma cama que o dono.



A veterinária Vivian Barbosa da Silva Santos garante que não há problemas em dividir lençóis, travesseiros e colchão com o bichinho.
Para isso, o primeiro passo é ficar de olho na saúde do pet.
A vacinação deve estar em dia.
Os banhos devem ser semanais, e os vermífugos precisam ser aplicados no prazo correto.



Outro comportamento fundamental antes de dividir a cama é lavar e secar as patas da mascote depois do passeio na rua.



 De preferência com um secador de cabelo,
o que evita que as patas fiquem úmidas



A própria veterinária não abre mão de dormir ao lado do golden retriever Zeus.
Outra dica da médica para evitar transtornos e doenças diz respeito à roupa de cama.
Se o cão soltar muito pelo, assim como o dela,
é aconselhável trocá-la diariamente.



 Sem dúvida, é uma tarefa a mais, mas é o preço que se paga para quem não abre mão de dormir ao lado do pet.



Para quem acha estranho dormir na mesma cama que o animal de estimação, acredite: esse comportamento está mais comum do que se imagina.
Dados da pesquisa Radar Pet, realizada este ano
pela Comac (Comissão de Animais de Companhia),
do Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal),
mostrou que no Brasil 55% dos cachorros de estimação dormem dentro de casa.



São 23% que passam a noite no quarto dos donos e
12% que têm um dormitório só para eles.
Outros 11% dormem na sala e
 9%, na lavanderia ou no banheiro.



Segundo o veterinário André Santa Rosa, com a maior proximidade entre donos e cães, é natural que aumente o número de cachorros dormindo no quarto.
O treinador e especialista em comportamento animal Max Macedo destaca que esse comportamento acaba refletindo na humanização do animal.





 Se o cão é criado e tratado adequadamente,
não será o fato de permitirmos eventualmente que ele suba em nossa cama que trará condenação a essa conduta.
O problema é que, atualmente, as pessoas confundem tratar bem um animal com tratá-lo como uma criança,
e muito pior, com permissividade.
Um cão é um cão e pronto, não porque sou insensível,
mas por que é assim que tem de ser.
O animal deve e precisa ser tratado como tal.
Isso evitará aos proprietários boa parte dos transtornos comportamentais que tenho visto por aí.



O resultado negativo dessa humanização, segundo Macedo, pode ser facilmente identificado pelo dono.
O animal passa a ficar agressivo sem motivos reais, apresenta dificuldade de contenção e manejo, quando é levado ao veterinário, destrói tudo dentro de casa e resolve morder os proprietários quando é contrariado.
 Alguns fazem até greve de fome, quando algo muda em sua rotina.



Tudo isso é consequência da tentativa de humanizá-los.



A pediatra Jussara Fontes pontua que permitir ou não que o bichinho de estimação durma na cama com o dono deve ser individual.



 Aquele animal que vive na rua evidentemente irá trazer bactérias, micróbios e tantos outros agentes patogênicos que podem acarretar males à saúde do dono, como uma alergia,
por exemplo.

Daí a necessidade dos cuidados antes de permitir que o pet divida a cama com seu proprietário.
Entretanto, é igualmente fundamental avaliar os benefícios que podem estabilizar os comportamentos afetivos do dono.
 O que aquele animal significa para a vida dele?
O que estamos discutindo pode não ser simplesmente o ato de dividir a cama com o animal.
Esse comportamento pode ir além disso.
É preciso bom-senso antes de tomar qualquer decisão.



De acordo com Jussara, estudos realizados por especialistas em defesa de sistema imunológico revelam que as pessoas que convivem com animais têm menos propensão a desenvolver alergia ou doenças que afetem o sistema respiratório.



Donos também ficam dependentes



Não são apenas as doenças e os problemas respiratórios que tiram o sono dos donos dos animais de estimação que se propõem a dividir a cama com eles.
As vantagens e asdesvantagens também passam
por quesitos emocionais.



A psicóloga Wanda Mendes explica que a principal vantagem do ponto de vista humano é a sensação de aconchego e prazer que a companhia do animal proporciona.
 Entretanto, ter o bichinho na cama pode soar muitas vezes como um retorno recompensador à correria do dia a dia, que, geralmente, impõe a falta de tempo para atividades de lazer e laços afetivos.



Por isso, esses animais são tantas vezes tratados como crianças. É a fuga do dono que se encontra impedido de construir uma família.



Mas não são apenas os animais que estão condicionados à situação de dependência.
 Ao adotar esse hábito, muitos proprietários deixam de sair ou voltam mais cedo para casa, porque imaginam que o bicho não está bem.
Outros até desistem de viajar, caso não consigam incluir o bicho na bagagem,
e os animais ficam mais ansiosos à medida que envelhecem.





Fonte: R7






Um comentário:

Lilasesazuis disse...

Ai...eu tenho 7 gatinhos...todos tem seus lugarzinhos, seus cestinhos ou almofadas com cobertores.....porém....é só cair a temperatura um pouquinho e todo mundo pula pra cama da mamãe....rrsrsrsrs...e lá vou eu...levar todo mundo de volta para seus lugares...e...são danadinhos, eles querem o nosso aconchego, o nosso carinho...beijinhos!!