As operações do Ibama para retirada dos animais do Zoológico de Niterói partiram um coração,
o do leão Dengo, de 11 anos.
Ele anda deprimido e perdeu a fome depois que sua companheira, a leoa Elza, de 10 anos, foi levada para viver a 1.148km de distância, no Zoológico de Brasília.
Segundo a presidente da Fundação Zoológico de Niterói, Giselda Candiotto, o casal vivia há oito anos na mesma jaula e, com a separação repentina, Dengo está apático, passa os dias deitado e já teria perdido oito quilos.
A companheira de Dengo foi levada com outros dois leões, Yuri e Naila, que também formavam um casal e foram separados durante a ação, em fevereiro.
Dos cinco leões que havia, restaram apenas Dengo e o pai, chamado Sansão.
Desde 6 de abril, está em vigor uma decisão da 3ª Vara Federal de Justiça de Niterói, que, a pedido do Ibama, deu 120 dias de prazo para a remoção de todos os animais do parque. Dos 540 bichos, 233 já foram retirados de lá.
Na quarta-feira, fiscais do órgão federal levaram 23 tartarugas tigres-d'água e nove jabutis, que foram doados a um criadouro no Paraná .
Em fevereiro, a direção do zoo obteve uma liminar proibindo a retirada dos animais, mas ela foi cassada.
No próximo domingo, funcionários e frequentadores planejam fazer uma manifestação no local, pedindo o apoio da população.
Todos nós estamos arrasados com tudo o que está acontecendo. Mas, para mim, a ação mais dramática foi a da retirada e separação dos leões
contou Giselda.
O superintendente do Ibama no Rio, Adilson Gil, tem explicações para a separação dos casais de leões: duas fêmeas estariam com suspeita de contaminação com o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e um macho estaria com a doença confirmada, precisando de tratamento e isolamento.
Além disso, segundo o chefe da Divisão de Proteção Ambiental do Ibama, Márcio Urselino, os leões não costumam ter comportamento monogâmico e poderão em breve encontrar novos parceiros.
O órgão federal alegou no processo que o Zoológico de Niterói não conseguiu cumprir todos os itens de um termo de ajustamento de conduta (TAC) de 2004, que, entre as exigências, previa a reforma do abrigo dos primatas e a adoção de medidas para evitar que animais domésticos circulassem entre os bichos.
É LAMENTÁVEL A SITUAÇÃO
OS ANIMAIS TAMBÉM SENTEM...!!!!!!
PATY
Um comentário:
Que situação mais triste ! Será que não pensaram no bem-estar dos leões antes de separá-los ? Espero que encontrem um jeito de ajudá-los. Os animais são muito sensíveis a mudanças.
Beijos
Laís
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