3 de mai. de 2010

DOCE VIDA DE CÃO



A expressão vida de cão precisa ser revista.
Já vai longe o tempo em que o animal dormia numa romântica casinha de cachorro feita de tábuas.
Agora,
existe a Pet Arquitetura, que reforma a casa do dono para que ela se adapte à mascote.
Roupinhas compradas na pet shop da esquina? Nem pensar.
 Grifes de nome lançam produtos especiais para os peludos, com preços que podem chegar a R$ 1.200 por um casaquinho de couro



 Se, apesar disso tudo, o cão ainda estiver estressado, pode fazer uma sessão de ofurô com sais relaxantes e sair com um belo sorriso  perfeito, por causa de um aparelho ortodôntico canino.



Isso tudo faz parte do processo de “humanização” dos cães e de sua elevação ao posto de protagonistas de uma onda de consumo que já tornou o Brasil o segundo maior mercado pet do mundo, de acordo com a Associação Americana de Fabricantes de Produtos Pet.
Com US$ 9 bilhões movimentados por ano, perde apenas para os Estados Unidos.







Com isso, o país é alvo de uma onda de lançamentos de produtos e serviços inusitados para cães.
O desfile de utilidades – e futilidades – é imenso. E inclui um desfile literal. São Paulo sediará neste mês a Pet Fashion Week, que funciona nos mesmos moldes das semanas de moda de humanos.
Animais sobem na passarela, junto com modelos, e mostram as novidades.







Para agradar ao melhor amigo vale tudo. Até mesmo reformar a própria casa só para que ele fique bem.
A arquiteta carioca Ana Flávia Ciuffo lançou a Pet Arquitetura, que promove reformas em pet shops ou no imóvel do dono para melhorar o ambiente para o cão.
Até as lâmpadas são trocadas. “A temperatura dos cães é mais alta que a nossa, então você tem de usar lâmpadas mais frias”, diz ela.







Por falar em temperatura, e se o coisinha bonitinha da mamãe tiver febre?
O plano de saúde para animais cobre a consulta. “Tenho dois cães, e um deles é tão sapeca que já caiu da laje três vezes. Então decidi fazer o plano”, diz a analista de marketing paulistana Debora Kussonoki, de 24 anos, que gasta R$ 180 por mês com os dois.







O brasileiro trata seu bichinho de estimação como se fosse da família. Uma pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal mostrou que 23% dos donos de cães permitem que o animal durma em seus quartos. O exagero pode fazer mal ao bicho. Chamado para acalmar os “pitis” de cachorros de celebridades como Will Smith e Oprah Winfrey, o adestrador mexicano Cesar Milan afirma em seu livro O encantador de cães que, para o cachorro, a família que o acolhe é sua matilha. Se ele é tratado como rei, concluirá que é... o chefe da matilha. E aí o bicho pega. O animal surta e, nesse caso, nem uma coleira de ouro vai conter seu ímpeto.



Os mimos das prateleiras
Coleiras que não machucam e até quebra-cabeça entre as novidades




Mochila de peso


É feita para o cão levar nas costas saquinhos de areia, água ou outra carga. Serve para transporte e também ajuda o animal a relaxar. Da Kyjen. R$ 30 a R$ 100






Coleira Finess


Banhada de ouro ou prata, é feita de couro ou veludo e assinada pela designer Bruna Starling. R$ 220



 




Coleira antilatido


Ela emite um som parecido com um apito, que incomoda o cachorro. Com o tempo, o animal associa o ruído ao latido e para de latir. Da marca Smart. R$ 168






Quebra-cabeça


para cães Para pegar o petisco escondido, o cachorro arrasta as peças com o focinho ou a pata. R$ 169







Coleira gentil


A coleira da Gentle Leader, à venda pela bitcao.com.br, tem uma espécie de cabresto que puxa a cabeça do cão sem enforcadores. O passeio fica mais tranquilo, e o animal não se machuca. R$ 50







PARKA


Look de festa para cães da Romy and Jacob, de pele artificial, é claro. A gola e a cintura são ajustáveis – e a parte posterior afunilada com um laço de cetim. R$ 534







TERAPIA

O golden retriever Logan no ofurô da Pet Promove, no Rio.
Sessões quinzenais desde que foi atropelado









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